Houve um tempo
Um tempo incomum
Ouve-se um tiro
Um tiro e mais um.
Na madrugada cansada
Nas asas da violência
O pobre vitimado, atenta
Na alameda da inconsciência.
Nos arredores do Brasil
Na corrupção dos menestréis
Não existe solvência
Nessa guerra vil.
O povo cansado vive
Se vive, ora não sei,
Só sei que obstante segue
Não importando onde o caminho o leve.
Nas costas do assalariado,
No choro do marginalizado,
Na buzina dos carros da esquina,
Na morte que ronda à espreita,
Encontra-se a verdade cinza
De um país, ora cansado,
Ora aterrorizado,
Ora acabado:
Brasil, Brasil, Brasil!
Infelizmente a violência assombra-nos constantemente e se expalha em gestos, atos e palavras. Acho que até o silêncio também é uma forma de violentar. Mas este é para quem alcançou o maior grau de maturidade, visto que há um número maior de pessoas que vislumbram-na a ponto de sentir prazer e êxtase por ela. Belo texto!
ResponderExcluir