Ninguém sabe o que aconteceu naquele instante. Uma luz se apagou e um vento forte soprou. O que fazer? Aonde ir? O que buscar? Foi como se o mundo tivesse me deixado. Recebi a notícia. Ali estava seu corpo: inerte, sem vida e aos 28 anos apenas. Percorri com as lembranças o passado, vi seu rosto tão lindo, toda aquela energia e, assim escrevi para você Jean:
Hoje me sinto antigo
Sou o passado
O passado que teima em
Estar presente...
Um móvel antigo
Obssoleto!
Como uma música
Fora da moda...
Infinita como a vida
Imprevisível como a morte
Morri sem ter vivido!
Os dias passam tranquilos
À sombra da morte
Olho a neblina nua
É possível enxergar por ela...
Já me é chegada a hora
A hora doce da morte
Morri sem ter vivido
Infinita como a vida
Perfeita como a morte...
Morri!
Sou a neblina nua
Que cai enquanto a vida passa...
Agora estou vivo!
Vejo beleza na morte...
Dedicada ao meu primo Jean Kleber, escrita em 1995.
Amei a introdução retórica. Confesso que me imaginei no texto. Excelente texto. Abraço fraterno.
ResponderExcluirEssa é linda como ele era!!
ResponderExcluirUm primo muito amado.
Saudades de vc, Jean.