sexta-feira, 27 de maio de 2011

DESEJO

O frio doce encanta minha alma
Um desassossego investe contra mim
Forçando-me a bradar aos quatro ventos
Que o meu corpo em tormento
Sente falta do que me acalenta
Um rosto, uma voz, um sussurro
Mesmo que inseguro
Que faça parte da noite vazia
Possuindo-me sem pudor
Meu corpo cansado de tanto amor
Descansa no leito ainda quente
Despudorado e ainda dormente
Fazendo de mim uma pobre criatura
Que desperta sem veste
Despojada e nua
Minha alma então recua
Cai na mesma obsessão
De seguir na vida
Na mais profunda solidão...

Um comentário:

  1. Ficar em solidao depois do despudor... ah é muito bom! Belo poema..

    bj

    Catia

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