sexta-feira, 22 de abril de 2011

SEM SABER


Ontem ouvi velhas canções e senti saudades. Estranho como roupas, sapatos, cheiros e sabores nos remetem ao passado. Lembrei dos meus avós e do meu pai, pessoas incríveis que fizeram parte da minha história. Aprendi muito nos anos que passamos juntos: vovô delicadamente fez de mim grande parte do que sou, vovó intempestivamente adoçou meu paladar e meu humor, papai responsabilizou-se pelo carinho que tive nessa vida, gestos tão simples e despretensiosos acalmavam minha alma inquieta.
Hoje me sinto privilegiada, meus passos seguem inseguros, mas não tenho medo. Sentimentos incríveis me mantém viva e cheia de esperança. Sigo sozinha pela estrada, às vezes ofegante, outras vezes, confesso, com enorme preguiça. Sou alguém disposta a aproveitar cada instante e guardar na memória tudo que me inspirou, mesmo que tenha sentido imensa dor.
Pouco antes de partir, me restará uma grande certeza, a de que vivi de acordo com minha consciência e jamais violentei a minha alma. Quando minha hora chegar, apenas fecharei os olhos e mais uma vez sem saber, dormirei...

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