quarta-feira, 12 de novembro de 2014

DESCONFORTO

 Alguns acontecimentos ainda me trazem um leve desconforto. Estranho como apesar de eu estar feliz de verdade, uma leve tristeza por vezes passeia no meu estômago. O mundo me assusta quando vejo gente se explodindo por causa de religião, jovens com armas matando outros, mulheres obrigadas a usar o véu do cárcere e, aqui no "Barasil" todo tipo de corrupção instalada nos três poderes, com o aval da sociedade civil organizada. 
Olho para essa realidade e fico pensando como a humanidade anda tão pouco civilizada. Os desistentes afirmam que sempre foi assim. Os otimistas dizem que o bem é tímido e não rende manchete nos jornais, mas é inegável que o que se mostra não agrada. O mundo mudou é fato, mas será que para melhor? Essa pergunta anda espreitando o pensamento daqueles que se importam.
Como se cortam todas as árvores aqui no interior onde a temperatura média é de 40° à sombra no verão, sinto a esperança por um mundo menos insano também dilacerada. A juventude com seus smartphones totalmente alheia e com a percepção embaçada me parece inoperante. 
É com essa sensação de que nada pode mudar o que está em curso é que constato a minha aquiescência.
Assim me torno expectadora do filme inverossímel apenas acompanhada de um balde de pipoca e refrigerante.

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