domingo, 11 de dezembro de 2011

LIVRE

Estranho como uma pessoa tão próxima pode ser tão maldosa com a gente. Ninguém nesse mundo está isento de defeitos, eu tenho muitos deles e os reconheço, sou até muito dura comigo mesma às vezes.
O grande problema é que sou muito condescendente com os defeitos alheios. Sempre arranjo desculpas para os erros cometidos para comigo. O sujeito é legal só passou por uma fase ruim, por isso foi desleal comigo. Toda aquela ignorância e leviandade cometidos foram apenas num momento de raiva, quando o ódio cega, preciso relevar.
Só esqueço que quem foi magoada fui eu e, sempre foi assim, desde muito pequena me acostumei com as pancadas, gritos, deboches, vivi muitos anos sob o julgo dos outros. Nada que eu fizesse era bom ou correto. E fui me sentindo cada vez "menos", quase acreditei nisso. 
No final de 2007, quando uma crise existencial me tirou a razão, isso mesmo, estive bem próxima da loucura, enxerguei que precisava mudar. E venho num processo lento e contínuo desde então, revendo a minha forma de agir, conhecendo melhor a mim mesma e principalmente exigindo mais respeito dos que me cercam.
Uma coisa aprendi: aquele que vive sob o julgo de quem quer que seja, mesmo que pelo motivo mais nobre, nunca será feliz. Quem não se respeita, jamais poderá andar de cabeça erguida. Não aceito ser mais manipulada, servindo de joguete, sempre fazendo concessões, arcando com o peso de ser boazinha, não sou e nunca foi meu objetivo ser. Não estou sob a influência de quem quer que seja, todas as minhas atitudes são tomadas por mim exclusivamente apenas. Diferentemente de como era antes. 
Se querem culpar alguém, culpem a mim pelas minhas escolhas, não me curvo mais aos desejos alheios, nem mesmo por amor.
Amo a minha família, mas chega de pancadas...


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