quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SAUDADES DE MIM...

Estou sentindo tudo de novo. Um nó na garganta não me deixa falar e expor meu grande desespero. Sinto-me muito pequena e a paz já não existe. Estou muito cansada e o cansaço me faz mal. Fiz tantos planos, desenganos... Estou em paz e em tormento. Sei que incomodo e sou incomodada. Vivo sem rumo!
Um dia quis ser muito e me transformei em muito pouco. Estou só e só me sinto. Quis viver e ser feliz, me desiludi! O mundo trata mal quem muito sente. Quero somente fugir, mas para onde ir, que rumo seguir?
Preciso chorar, mas minhas lágrimas desapareceram. As pessoas são egoístas, mentirosas e, vejo somente falsidade em suas ações. Não quero parecer com elas, mas sem querer sou diferente. Sofro por isso!
Vivo intensamente as minhas emoções, mergulho e me afogo nas águas turvas dos sentimentos, amo muito, odeio muito, tudo comigo é intenso e, a dor chega a ser insuportável.
Planejei muito, quis muito, pensei poder alcançar o que sonhei, não alcancei. Me tornei amarga e meus olhos quase não brilham. Tenho 21 anos e estou um pouco morta. Me perdi de mim, em algum ponto e não vi. Sinto saudades de mim...

“Texto escrito quando eu tinha 21 anos, acho que ainda sinto saudades de mim....”

2 comentários:

  1. Neste texto teu o eu-lírico sente saudades de si próprio, uma vez que vive lembranças que remexem com o interior dele a ponto de tudo se tornar visível. Extremamente expressivo. Lindo!

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  2. Belíssimo! Surpreentente vc ter escrito aos 21 anos. Que maturidade pra sua idade! Quando li senti uma dor, uma vazio, uma tristeza cortante.
    Consegui novamente atingir a alma do leitor.
    Um grande abraço.

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